dezembro 17, 2011

A presença de Deus




Ao contemplar o Universo, sentindo o orvalho caindo sobre a humilde relva, ouvindo o canto maravilhoso dos pássaros anunciando o alvorecer de um novo dia, o homem passa a acreditar que Deus existe. Não importa seus nomes – Jesus, Alá, Jeová, Krishna ou Buda. Todos se referem a um poder maior que qualquer um de nós.

A presença de Deus se faz notar na criação através do nada. Só Deus cria no vácuo, só Ele preenche vazios. Só Deus nos faz lembrar que a saudade é a presença de uma ausência. Deus é o Tudo no nada, a abundância na falta.

O filósofo iluminista Voltaire, que chegou a ser tomado por incrédulo, pregava que “uma falsa ciência faz tornar ateu, mas uma verdadeira ciência prosterna o homem diante de Deus”. Pouco antes de morrer em Março de 1778, aos 84 anos de idade, Voltaire declararia por escrito ter-se confessado a um sacerdote, pedindo-lhe o perdão divino por todas as suas faltas, sobretudo “se tenho escandalizado a Igreja.

O escritor Victor Hugo dizia que “Deus é o invisível evidente”. Ele está presente na incrível individualidade de todas as coisas, nada é igual no Universo. Deus é a essência da vida, presente nos diamantes incrustados nas rochas, nas pérolas invisíveis numa ostra marinha, no olhar distante do idoso e no riso angelical de uma criança.

Um belo texto da literatura celta explica a ação de Deus:

“Eu sou o vento que respira sobre o mar / Eu sou a onda do oceano / Eu sou o murmúrio das ondas / Eu sou o raio de sol / Eu sou o salmão na água / Eu sou o lago na planície / Eu sou uma palavra de sabedoria / Eu sou o Deus que faz o fogo na nascente”.

Finalizando: o que é Deus? Resposta de Rui Barbosa: 

“Deus é a necessidade das necessidades".

(Imagem: Flickr, do álbum de Phoenix Ocean)

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