outubro 30, 2011

Talento não é tudo

 

Atribui-se a Édouard Jules Henri Pailleron (1834–1899), poeta e dramaturgo francês, a afirmação de que, diante do sucesso, “sempre haverá tolos para dizer que Você tem talento”.

Fosse só o talento a chave para o sucesso, então por que conhecemos - você, leitor, e eu – pessoas talentosas que não possuem sucesso algum?

O que fará a diferença em sua caminhada para o sucesso é o que você for capaz de acrescentar ao seu talento. Pois apenas ele – o talento – não é a garantia para que você alcance o que almeja.

Embora todas as pessoas tenham o mesmo valor, isto não acontece com o talento. Por outro lado, todos temos algo que podemos fazer bem feito. Não importa até onde você conheça suas habilidades: é preciso estar ciente do talento e potencial para desenvolvê-lo.

Talento exige preparo e estímulo para dar frutos. Os Beatles, por exemplo, já traziam consigo a experiência adquirida em mais de mil e duzentas apresentações ao vivo, quando alcançaram o sucesso em 1964. E pensar que a maioria das bandas atuais não se apresentou ou não se apresentará tantas vezes durante suas carreiras...

Talento inexplorado é diamante entalhado na rocha. Ou uma rosa em botão e que jamais se abrirá, negando, assim, a mostrar ao mundo sua beleza.

(Imagem: Flickr, álbum de sweetcaroline)

outubro 23, 2011

A Vida


Criado por Deus a partir do nada, o universo tem em nós, seres humanos, seus transformadores. Mas é inevitável trazer conosco a dúvida sobre nosso papel na vida.

Paradoxo da criação, somos inquilinos de Deus, esculturas divinas. Nada possuímos.

Passageiros de um trem de destino único, seguimos viagem atravessando paisagens que são nada mais que fases de nossa existência. Paisagens ora bonitas, ora tristes e vazias. Nossos companheiros de viagem são nossos amigos, nossos familiares... Nossos iguais. Quanto maior o trajeto percorrido, mais ficamos sós. Nossa condição então se aproxima daquela que trazemos ao nascer.

O sofrimento tantas vezes nos dá a energia para prosseguir – verdadeiros ‘passageiros da agonia’ – nessa efêmera ‘ferrovia’ até a eternidade.

Diante de escolhas como o êxito e o fracasso, dependerá de cada um optar, como numa peça teatral, entre ser coadjuvante ou protagonista. Por isso, a importância de vermos a beleza do todo em tudo, ao invés de nos determos apenas em fragmentos da miséria que compõe o extraordinário mosaico da vida.

(Imagem: Flickr, álbum de MarkyBon)