novembro 27, 2011

A superação humana



Convidado a participar de um congresso de advogados em Brasília, cujo objetivo era debater o tema “O trabalho eficiente do deficiente”, fui surpreendido com depoimento que me comoveu. Relatando sua dura experiência de deficiente visual, um participante do evento declarou que após ficar cego é que passara “a enxergar a vida”.

Diariamente, milhares de pessoas, famosas ou não, nos dão exemplos maravilhosos de superação. Se não podemos evitar a queda, temos ao alcance de nossas possibilidades a corajosa atitude de “levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima”. O filósofo e escritor francês Jean-Paul Sartre já nos aconselhava a não darmos importância “ao que fizeram conosco, mas o que fizemos com o que fizeram conosco”.

Preso durante quase três décadas por liderar a luta contra o apartheid, Nelson Mandela contemplava a dança das estrelas no céu, através de um pequeno buraco em sua cela. Enquanto isso, sonhava com a liberdade de sua amada África do Sul. Depois que viu, afinal, seu sonho realizado, confessou ter sido sempre o dono de sua vida e o capitão de seu destino.

Cega e surda desde tenra idade, a escritora norte-americana Hellen Keller soube encorajar toda uma geração de deficientes ao proclamar que “a experiência humana não seria tão rica e gratificante, se não existissem obstáculos a superar”. E acrescentava: “O cume de uma montanha não seria tão maravilhoso, se não existissem vales sombrios a atravessar”.

(Imagem: Flickr, do álbum de janusz)

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