setembro 15, 2012

A guerra santa


A imprensa mundial, perplexa, divulga: mundo árabe em “Guerra Santa contra os Estados Unidos”. O movimento teve por estopim um filme norte-americano, produzido por um cineasta cuja mente foi inundada por preconceitos mesquinhos e irracionais. Na obra, de qualidade vulgar, a figura máxima do Islamismo – o profeta Maomé – foi ridicularizada provocando, de forma brutal e incontrolável, a ira de seus seguidores.

A intolerância religiosa não se coaduna com os ensinamentos e os exemplos de compaixão exortados por mestres espirituais. Moisés, profeta hebreu que teria vivido por volta do século XIV a.C, legou à Humanidade os Dez Mandamentos – preceitos que condenam o ódio entre os semelhantes. Há que ressaltar, inclusive, que Moisés é venerado pelas principais religiões monoteistas do mundo. Ou seja, seus ensinamentos estão presentes no Judaismo , Islamismo e Cristianismo.

Não menos importante, Sidarta Gautama – Buda, o Iluminado – pregou a tolerância ao afirmar  que “melhor do que mil palavras inúteis é uma única palavra que transmita a Paz”. Um humilde carpinteiro, em pouco mais de 30 meses, tornou-se o Mestre dos Mestres ao pregar: “Amai-vos uns aos outros”. Foi ninguém menos que Jesus de Nazaré,  a verdadeira essência da tolerância e compreensão entre os homens de boa vontade.

Por volta do ano 570 d.C, nasceu em Meca, na Arábia, o profeta Maomé, fundador do Islã, cuja palavra significa submissão ou rendição aos preceitos da moral e da justiça.

Creio que a intolerância religiosa seja admitida e as vezes até estimulada por causa da frequente falta de compaixão humana. Desde o alvorecer do mundo, a compaixão foi a mais prescindível das emoções. Os seres humanos criaram obstáculos para impedir a si mesmos de sentir compaixão, reforçando a relutância em conhecer um inimigo ou um estranho, pessoalmente ou na intimidade.

Verdadeira paz, no entanto, só será definitivamente alcançada quando os indivíduos se relacionarem em amor, justiça, alegria e compreensão. Pois a única compaixão, aceitável num mundo que a todos considera em igual nível de dignidade, é a colaboração mútua. Do contrário, se ao encontro faltar um traço de compaixão, ele estará incompleto, será apenas mais um encontro desperdiçado.

(Imagem: Flickr, do álbum de Jalca)

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