março 25, 2012

Viver com Arte


“Se tiveres dois pães, vende um deles para comprares flores que dulcifiquem a tua vida” – aconselhava o profeta Maomé a seus discípulos.

Para Martinho Lutero, a Arte era “o pão da alma”. Um homem de cultura mediana e nobres sentimentos – dizia – jamais seria feliz se, ao longo da vida, não escutasse boa música, lesse um bom livro, contemplasse uma bela pintura e se extasiasse diante de um crepúsculo. Lutero considerava ainda a música “o melhor refrigério para um desconsolado, e por sua causa o coração serena-se, reconforta-se e renova-se”.

À música, junte-se o livro – amigo de todas as idades e nacionalidades, que alimenta e alegra nosso espírito. Ele é o guardião solitário da chave do templo do conhecimento e da sabedoria, nosso eterno companheiro de alegrias e adversidades. Por ele instrui-se a mocidade e conforta-se a velhice. Já se disse que livro aberto é cérebro que fala; fechado, amigo que espera; esquecido, alma que perdoa; destruído, coração que chora.

A Arte é tudo o que, re-criado pelo homem, seja capaz de tocar sua própria alma. Quando você vê um engenho humano que o encanta, por mais humilde que lhe pareça, então acredite: você está diante de uma obra de arte.

A Arte tem o poder de transformar o feio em pura beleza. Há comovente beleza em Guernica, de Picasso. Nas artes, a beleza transcende o belo.

Arte não é privilégio de famosos, pois diariamente milhões de anônimos enriquecem a fauna humana com criações imortais. E é eterna, como escreveu Machado de Assis: “Um dia não haverá o Império Britânico, mas haverá Shakespeare”. 

“A arte da vida”, dizia Mahatma Gandhi, “consiste em fazer da vida uma obra de arte”.

(Imagem: Flickr, do álbum de Hans van de Vorst) 

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