fevereiro 12, 2012

O poder do perdão



Nossos mundanos pensamentos e arcaicas crenças nos fazem crer que o ato sublime de perdoar nos torna reféns da fraqueza e da submissão. Destarte esclarecer que o perdão é sempre em benefício de quem perdoa.

O filósofo e teólogo Paul Tillich descreveu o perdão como a "aceitação do inaceitável''. Ninguém é perfeito, todos falhamos. Por isso, o primeiro ato do perdão é perdoar-se a si mesmo, pois ninguém pode ensinar o que não sabe.

Mágoa e ódio causam sofrimento – que é opção, enquanto a dor é inevitável. Perdão não é a aprovação do mal cometido, e sim a libertação da vítima. A sabedoria popular ensina que ''errar é humano, perdoar é divino''.

Nossa trajetória em busca da felicidade exige que nos livremos do peso acarretado por pessoas, circunstâncias, eventualidades e o próprio destino.

A psicóloga Eileen Borris se referiu ao perdão como liberdade suprema. Já o rabino Leo Baeck (sobrevivente do holocausto judeu, apesar de duramente torturado num campo de concentração), escreveu uma comovente oração exortando o perdão aos algozes nazistas. Um dos versos diz: "E, em memória dos nossos inimigos, não devemos mais ser as suas vítimas, o seu pesadelo e o seu terror, mas, sim, uma ajuda que os liberta de sua loucura''.

Cristo, nos momentos finais de seu calvário, foi certamente quem eternizou o poder do perdão com a lapidar frase: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem'' (Lucas 23;34).

Uma grande lição de sabedoria nos foi outorgada por Benjamin Franklin: “Ao causar um dano ao seu inimigo, você se torna inferior a ele; ao se vingar dele, você se iguala a ele; ao perdoá-lo, você se torna superior a ele''.

(Imagem: Flickr, do álbum de jabez)

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