Desde
os primórdios da civilização, o homem busca um sentido para sua existência.
Busca que esbarra sempre nos aspectos trágicos da vida humana. O poeta e
escritor Rainer Maria Rilke nos advertia:
“Quem não aceitar a tragicidade da vida através de uma resolução definitiva, a
ponto de aclamá-la, jamais entrará na posse dos inefáveis poderes da nossa existência.
Ao contrário, ficará à deriva e terá sido, no momento decisivo, nem vivo nem
morto”.
Decididamente,
devemos extrair dos pontos negativos da vida, motivação para que nos
transformemos e evoluamos através do autoconhecimento. Nessa longa e estranha
jornada a que chamamos vida, encontramos muito, mas, sobretudo, encontramos a
nós mesmos. Descobrimos quem realmente somos.
Em
meio ao mistério que é a vida, recebemos tudo que precisamos para administrá-la
e encontrarmos a verdadeira felicidade. Não falo da felicidade ilusória dos ganhos
materiais e do frívolo sucesso, mas de uma vida autêntica e plena de
significado. Devemos nos lembrar que em cada momento, há sempre um ponto de
transição entre o conhecido e o desconhecido. O conhecido é o passado, apenas
uma lembrança que não volta jamais. O desconhecido é o campo de nossas possibilidades,
é fator ilimitado e livre para a procura de todas as verdades.
Para
sermos bem sucedidos na construção da vida de nossos sonhos, precisamos ter os
talentos certos e a determinação para conseguirmos o que desejamos. Sempre
precisaremos acreditar em nós mesmos. Não importa a opinião alheia, precisamos
de uma força interior, de auto-estima, de autoconfiança e, principalmente, de
autoconhecimento.
Nesse
aspecto, os filósofos estóicos nos
mostraram um caminho. Epíteto, o escravo, disse: “Não espere que as coisas
aconteçam como você quer, mas que aconteçam
como acontecem, e você será sempre feliz”. E ainda acrescentou: “Por isso, se você quiser ser livre, não deseje nada ou fuja do que depende dos outros, senão você será
sempre escravo”.
Certo
estava o filósofo, pois a pior escravidão é a que nasce dentro de nós. O
verdadeiro sentido da vida está no equilíbrio entre as possibilidades e as
necessidades. O pobre tem poucas possibilidades e muitas necessidades, mas o
rico padece de muitas possibilidades e às vezes nenhuma necessidade, carecendo
até de motivação para viver.
(Imagem: Flickr, do álbum de (Edu)Eduardo Oliveira)
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