maio 12, 2012

O sentido da Vida




Desde os primórdios da civilização, o homem busca um sentido para sua existência. Busca que esbarra sempre nos aspectos trágicos da vida humana. O poeta e escritor  Rainer Maria Rilke nos advertia: “Quem não aceitar a tragicidade da vida através de uma resolução definitiva, a ponto de aclamá-la, jamais entrará na posse dos inefáveis poderes da nossa existência. Ao contrário, ficará à deriva e terá sido, no momento decisivo, nem vivo nem morto”.

Decididamente, devemos extrair dos pontos negativos da vida, motivação para que nos transformemos e evoluamos através do autoconhecimento. Nessa longa e estranha jornada a que chamamos vida, encontramos muito, mas, sobretudo, encontramos a nós mesmos. Descobrimos quem realmente somos.

Em meio ao mistério que é a vida, recebemos tudo que precisamos para administrá-la e encontrarmos a verdadeira felicidade.  Não falo da felicidade ilusória dos ganhos materiais e do frívolo sucesso, mas de uma vida autêntica e plena de significado. Devemos nos lembrar que em cada momento, há sempre um ponto de transição entre o conhecido e o desconhecido. O conhecido é o passado, apenas uma lembrança que não volta jamais. O desconhecido é o campo de nossas possibilidades, é fator ilimitado e livre para a procura de todas as verdades.

Para sermos bem sucedidos na construção da vida de nossos sonhos, precisamos ter os talentos certos e a determinação para conseguirmos o que desejamos. Sempre precisaremos acreditar em nós mesmos. Não importa a opinião alheia, precisamos de uma força interior, de auto-estima, de autoconfiança e, principalmente, de autoconhecimento.

Nesse aspecto, os filósofos estóicos  nos mostraram um caminho. Epíteto, o escravo, disse: “Não espere que as coisas aconteçam  como você quer, mas que aconteçam como acontecem, e você será sempre feliz”. E ainda acrescentou: “Por  isso, se você quiser ser livre,  não deseje nada ou fuja  do que depende dos outros, senão você será sempre  escravo”.

Certo estava o filósofo, pois a pior escravidão é a que nasce dentro de nós. O verdadeiro sentido da vida está no equilíbrio entre as possibilidades e as necessidades. O pobre tem poucas possibilidades e muitas necessidades, mas o rico padece de muitas possibilidades e às vezes nenhuma necessidade, carecendo até de motivação para viver.

(Imagem: Flickr, do álbum de (Edu)Eduardo Oliveira)

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